Desabafo sobre a solidão

Despedida necessária: Um adeus ao amor que nunca foi

Despedida necessária: Um adeus ao amor que nunca foi


Fui embora porque dói estar ao lado de alguém que não se importa e não demonstra amor. Dói demais vê-lo partir, ir sem esperanças de voltar, mas é muito mais doloroso permanecer nessa relação sem sentido, onde cada dia se tornava uma batalha silenciosa e sem fim. 

Tentei ser a mulher que você procurava, aquela que se moldava aos seus desejos, e você, em seus momentos de clareza, tentou ser o homem que me faltava. 

No entanto, nossas tentativas foram em vão, pois no fundo, sabíamos que estávamos tentando encaixar peças que não se completavam. 

Fui, voltei, e enfim, parti para bem longe das suas confusões e indecisões, que sempre me mantinham presa a um ciclo de expectativas frustradas. 

Certa vez, te pedi “não vá embora”; hoje, tudo que quero é conseguir partir de vez, com dor, é verdade, mas com a certeza de que, com o tempo, tudo se resolverá. 

Acredito que toda essa decepção se transformará em poesia, em histórias contadas de outra maneira, em um outro momento da minha vida, quando as feridas estiverem cicatrizadas e eu puder olhar para trás sem ressentimentos.

Arrancar de mim esse sentimento maltratado foi como mexer em uma ferida que ainda não cicatrizou completamente. Cada lembrança, cada palavra não dita, era como um espinho cravado na carne, que doía e sangrava a cada tentativa de arrancá-lo. 

Você, por sua vez, parecia insistir em manter viva essa dor, como quem cutuca uma ferida, tirando a casquinha, fazendo-a sangrar de novo. 

Mas eu sabia que, para seguir em frente, precisava me desintoxicar de você, como quem toma um suco detox no dia seguinte a uma bebedeira, limpando o corpo e a alma de todas as toxinas que me mantinham presa a um passado que já não fazia sentido.

E assim, permaneço caminhando, um passo de cada vez, consciente de que a estrada à frente pode ser longa e solitária, mas também cheia de novas oportunidades e descobertas.

Talvez ainda olhe para trás de vez em quando, não por arrependimento, mas para confirmar que a decisão de seguir em frente foi a mais acertada. Ao observar o passado, percebo que não havia esperanças para nós juntos, e que, claramente, foi melhor assim, pelo menos para mim.

Agora, é tempo de redescobrir quem sou, sem as amarras de um amor que só existia em pedaços, e de finalmente escrever um novo capítulo na minha vida, um que seja verdadeiro e inteiramente meu.

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