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Em tempos de tecnologia muito se tem falado a respeito, até onde é saudável nossos vícios e dependência da mesma? Jean Jullien usa de observações do dia a dia como inspiração em suas caricaturas da sociedade.
Sendo um dos artistas gráficos mais renomados da França, tem chamado a atenção com suas críticas sobre a sociedade digital de hoje e o uso excessivo das redes sociais. Com suas ilustrações irônicas conseguiu arrebatar muitos seguidores, mostrando a era digital e seus erros, sutilmente.
Até onde podemos dizer que a tecnologia tem nos atrapalhado
negativamente? Você seria capaz de responder?
Com suas ilustrações irônicas conseguiu arrebatar muitos
seguidores, mostrando a era digital e seus erros, sutilmente.
Compartilhamos de uma sociedade fixada pela tecnologia, em que os celulares, aplicativos e fotografias são (parecem) essenciais em nossas vidas. Será que nos incomodamos e ponderamos o quão necessário tudo isso é no nosso cotidiano?
Jean Jullien nasceu em Nantes na França, estudou nas
melhores escolas do país e agora vive e trabalha em Nova York, onde ele cria
suas imagens icônicas que se espalham ao redor do mundo.
Analisa o
comportamento social e associal, como nos comunicamos virtualmente. Cenas
rotineiras como pessoas em uma mesa olhando para seus dispositivos móveis, é
para se pensar.
Jullien faz tais questionamentos usando imagens satíricas,
apresentando-nos situações reais de forma simples e objetiva. "Você pode
ser prático e ainda divertido, participando ativamente da vida das pessoas,
trazendo um pouco de arte para o seu mundo todos os dias” disse.
Estes desenhos ecléticos e consistentes nos levam a reflexão sobre as singularidades do mundo moderno.
Fã de artistas gráficos e ilustradores franceses como Tomi Ungerer e Raymond Savignac profissionais estes que segundo Jullien "conseguiram enganar o sistema e apresentar projetos práticos, com uma grande dose de criatividade e jovialidade”.
As Críticas atuais das Ilustrações de Jean Jullien retratam
situações triviais e muitas delas insólitas sempre relacionadas aos aparelhos
que usamos todos os dias.
Imagens que nos remetem a refletir sobre a apatia de nossos
relacionamentos interpessoais e sobre o narcisismo do nosso tempo.
Após o atentado contra as instalações do jornal satírico francês Charlie Hebdo em Paris, Jean Jullien criou o desenho "Je Suis Charlie" em resposta ao trágico evento, o mesmo foi imediatamente viralizado, se tornando lema de resistência contra os ataques.
Embora seja contemporânea a discussão sobre a vida moderna e seu uso descomedido das redes sociais e afins Jullien não é único a tocar na “ferida”.
Sabemos que não é de hoje
que vários nomes vêm tentando nos abrir os olhos em relação a toda esta exposição
e tecnologia, para tal podemos citar Baumann com seus livros “líquidos”.
Baseado na solidão que estes gadgets modernos nos fazem viver, o francês Jean Jullien criou sua exposição “Allo”. São 59 ilustrações gráficas, objetivas e bem-humoradas que pretendem fazer você reconsiderar o espaço que a internet ocupa em sua vida.
Imagens pertinentes sobre a “era
tecnológica”, era da qual muito provavelmente não enxergarmos o quanto a
tecnologia pode e tem arruinado nosso convívio social e nos afastado de
possíveis momentos agradáveis.
"O humor é a melhor maneira de criticar uma sociedade como a nossa" Jean Jullien
Por achar que suas habilidades de desenho são um problema prefere focar-se nas ideias e na forma mais eficiente para transmiti-las.
Por
vezes suas ilustrações soam aparentemente inocentes já que o importante para
Jean são as mensagens que elas passam, textos estes que podem ser lido e
compreendido de forma clara. Para isso nos concentramos no que ele está
tentando dizer mais do que em como ele está dizendo.
“Por estas razões, eu tento observar e brincar com nossas obsessões e hábitos, e me incluo. Quando eu crio uma imagem, seja para fins comerciais ou pessoais, é porque eu tenho uma mensagem para entregar. Esse é o principal objetivo e tudo que vem depois é um pouco dispensável”.
Jean se diz dependente da tecnologia (blogs, Twitter, notícias etc), mas ainda assim se preocupa com o seu apego a ela: “Sou muito dependente deles e muito crítico também. Estamos constantemente reinventando e se adaptando a nós mesmos.
É o mesmo para a tecnologia, todos nós estamos
lentamente descobrindo o que fazer com ele".
"Eu diria que estamos prestes a experimentar uma certa
ressaca digital. Nós tivemos 10 anos ou mais de emoção e descoberta, onde tudo
era gratuito e compartilhável e onde nós não nos importamos muito com a
privacidade ou a história online disse em entrevista para a revista
Creative Review.
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