Desabafo sobre a solidão

Como a androginia desafia as normas de gênero e influencia a moda

Como a androginia desafia as normas de gênero e influencia a moda


A androginia transcende as categorias tradicionais de gênero. Ao contrário do hermafroditismo e da homoafetividade, ela desafia a binariedade homem/mulher e masculino/feminino, que são tão fluidas quanto um corte de cabelo. 

Indivíduos andróginos como Andrej Pejic e Casey Legler exemplificam essa complexidade, desafiando nossas noções preconcebidas sobre identidade.

Andrej Pejic, nascido na Bósnia em 1991, ganhou destaque como modelo andrógino, desfilando tanto para coleções masculinas quanto femininas. Em 2014, passou por uma cirurgia de redesignação de sexo e mudou seu nome para Andrej, realizando seu desejo de viver como mulher. 

Esse processo reflete não apenas uma jornada pessoal, mas também uma afirmação da identidade além das categorias convencionais.

Casey Legler, a primeira mulher contratada pela divisão masculina da agência Ford Models, quebrou barreiras ao posar nua sob as lentes de Mario Testino. Sua presença desafia as normas da moda e da identidade, mostrando que a androginia pode ser um poderoso catalisador para a expressão pessoal e artística.

Em termos psicológicos, a androginia pode ser vista como um desafio à identidade de gênero convencional. O termo descreve um estado onde o indivíduo não se identifica exclusivamente como homem ou mulher, mas como uma combinação dos dois. 


Androginia na Moda e Identidade de Gênero 

Essa dualidade pode criar desconforto social, especialmente quando as pessoas não conseguem se comunicar de forma respeitosa.

Platão, em seu livro O Banquete, descreve o andrógino como uma criatura de beleza peculiar, combinando características de ambos os sexos em uma forma completa e indivisível. Esse conceito filosófico ressoa na discussão contemporânea sobre gênero e identidade.

Na prática, o respeito pela identidade andrógina inclui usar os pronomes corretos e reconhecer a singularidade de cada pessoa. Muitos andróginos optam por acessórios e roupas que desafiam as expectativas de gênero, uma expressão externa de sua identidade interna.

Em um mundo que historicamente reconhece apenas dois gêneros, a androginia questiona essa dicotomia, propondo uma visão mais inclusiva e diversificada da identidade humana. 


It-boy-girl, androgenia e o que mais?

A aceitação e o entendimento da androginia não se limitam à orientação sexual, pois indivíduos andróginos podem se identificar como heterossexuais, homossexuais, bissexuais ou assexuais.

Portanto, é essencial reconhecer e respeitar a complexidade da androginia, não apenas como um fenômeno social e cultural, mas como uma expressão válida da diversidade humana. 

Em vez de restringir-se a definições rígidas, devemos celebrar a liberdade de expressão que permite a cada um viver e se vestir como se sente verdadeiramente feliz.

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